Nesta entrevista Ronaldo fala sobre sua família, trabalho, a dedicação aos estudos e sobre a conjuntura nacional
“O mundo que se abre a uma nova idéia, jamais voltará ao seu tamanho original”
Albert Einstein
Fatos da Região: És natural de onde?
Ronaldo: Sou de São Paulo, bairro de Guainazes.
Fatos da Região: E quando veio para cá?
Ronaldo: Vim para Poá em 1998, há 14 anos.
Fatos da Região: Por quê Poá?
Ronaldo: Por Poá oferecer uma melhor qualidade de vida, apesar dos contratempos administrativos, e por ser uma cidade com características interioranas e isso me agrada muito.
Fatos da Região: Família?
Ronaldo: Sou neto de imigrantes. Meu avô, por parte de pai, era português e por parte de mãe meus avós eram espanhóis.
Fatos da Região: Quando isso aconteceu?
Ronaldo: Eles vieram após a 1ª guerra Mundial com as indústrias que se instalaram em São Paulo. Meu avô por parte de mãe trabalhou na Paulista (Leite Paulista). Meus avós por parte de pai se estabeleceram na região do Bráz, que na primeira metade do século era um bairro industrial.
Fatos da Região: E seus pais?
Ronaldo: Quando se casaram vieram morar em Guaianazes, que foi onde nasci, cresci, estudei e trabalhei como funileiro e depois como pintor de automóveis. Um irmão (Robson) se dedicou a funilaria e eu a pintura (somos seis irmãos).
Fatos da Região: E os estudos?
Ronaldo: Sempre estudei em escola pública. Terminei o antigo 1º grau em escola municipal em São Paulo e o ensino médio em Ferraz de Vasconcelos. Depois ingressei na Universidade (Camilo Castello Branco).
Fatos da Região: como foi?
Ronaldo: Prestei vestibular na USP e passei, entretanto pela grande distância e por ter que trabalhar optei pela Castello por ser próxima de minha casa.
Fatos da Região: Qual curso?
Ronaldo: Como desde os 15 anos já me envolvia em questões políticas, optei pelo curso de Geografia.
Fatos da Região: Trabalho?
Ronaldo: Iniciei minha carreira como educador em Poá em 1994 numa escola que foi municipalizada, a Valkíria Janoni Neres, no bairro de Nova Poá.
Fatos da Região: e como é ser professor?
Ronaldo: Como a profissão de geógrafo não é valorizada ingressei no magistério, na rede estadual. A partir daí senti uma paixão tão grande pelo ofício de lecionar e então passei a me dedicar exclusivamente à carreira, me efetivando na rede pública estadual e municipal de São Paulo no ano de 1998.
Fatos da Região: E como ficaram os estudos?
Ronaldo: Daí em diante continuei os estudos. Fiz pós-graduação na ECA (Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo), na área de Difusão Cultural que se deu durante a gestão da prefeita Marta Suplicy.
Fatos da Região: Que mais?
Ronaldo: Fiz pedagogia em 2005 na Uninove e iniciei o mestrado em Geografia na PUC (São Paulo) em 2007 e concluí em 2010 como: “concentrando os estudos na área de Territorialidade e Análise Socioambiental”.
Fatos da Região: Como você vê o Brasil, hoje?
Ronaldo: Nos últimos 10 anos, a política adotada pelo governo federal gerou estabilidade econômica no país e o mais importante é que melhorou a qualidade de vida dos brasileiros, tendo em vista os programas de distribuição de renda que geram movimento na economia local.
Fatos da Região: Explique!
Ronaldo: A distribuição de renda potencializa o consumo das famílias, e consequentemente a geração de empregos.
Fatos da Região: Mas, e a queda da produção industrial?
Ronaldo: O mundo vem enfrentando uma crise econômica, fruto do modelo neoliberal, automaticamente países emergentes como o Brasil são afetados, tendo em vista que durante décadas não houve investimento capaz de expandir a capacidade de produção industrial por falta de infraestrutura, meios de transporte, produção de energia e capacitação da mão-de-obra do trabalhador. Mesmo nos últimos 10 anos tendo uma política voltada à aplicação da capacidade de ampliação da produção industrial, o abandono e o descaso dos governos anteriores gerou uma defasagem muito grande na área de infraestrutura. Mesmo com tudo isso, o Brasil vem enfrentando a crise com geração de empregos, superávit na balança comercial, resultado da distribuição de renda e da política monetária gerida pelo governo federal.
Fatos da Região:Quais as diferenças do modelo atual?
Ronaldo: Enquanto o modelo neoliberal enfrenta a crise com a participação mínima do Estado na economia, o governo brasileiro investe em grandes obras de infraestrutura, garantindo uma responsabilidade do Estado na geração de empregos, fortalecendo o mercado consumidor interno.
Fatos da Região: O que mais pode ser feito?
Ronaldo: Tem que intensificar as políticas de distribuição de renda e sobretudo a qualificação profissional do trabalhador.
Fatos da Região: E como fica a Educação?
Ronaldo: O governo acertou na aplicação dos 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na Educação. O país só pode manter seu crescimento econômico se aplicar seus recursos na melhoria do sistema de ensino, tanto na educação básica como no ensino superior. O percentual destinado à Educação agora, garantirá a ampliação de programas como o Pro-Uni e a qualificação dos profissionais da educação.