sábado, 5 de março de 2011

Marquinhos: Voluntário da Saúde

Marcos Reginaldo da Silva, ou Marquinhos, 39 anos, reside no bairro de Vila Jaú, Poá















“Quero que a Saúde Pública dê mais atenção às pessoas necessitadas e que nas horas que elas mais precisarem que esteje de braços abertos para recebê-las”

 
Fatos da Região: És cidadão poaense?
Marquinhos: Nasci em Mogi das Cruzes, mas por falta de maternidade em Poá. Então sou cidadão poaense!
Fatos da Região: Qual a sua profissão?
Marquinhos: Medidor de fios.
Fatos da Região: Em qual empresa?
Marquinhos: Cordeiro Fios e Cabos, mas estou afastado há 9 anos e 8 meses por problemas na coluna.
Fatos da Região: Qual?
Marquinhos: Hérnia de disco.
Fatos da Região: Você tem prestado assistência a pessoas que tem dificuldades em conseguir atendimento à saúde. Como se dá isso?
Fatos da Região: Comecei a prestar serviço voluntário para um ex-vereador amigo na Câmara de Poá, e aí dei segmento a isso.
Fatos da Região: Como assim?
Marquinhos: Levar pessoas aos hospitais, acompanhar, fazer encaminhamentos para cesta-básica na Assistência Social, Para a Jucip. Também ajudo outras pessoas que não têm condições de pegar exames médicos e remédios caros. Muitas vezes vou para São Paulo buscá-los.
Fatos da Região: Quem mais?
Marquinhos: Também acompanho os jovens, fazer carta de apresentação para empresas em busca de emprego.
Fatos da Região: Quais as maiores dificuldades que as pessoas mais pobres têm em conseguir
atendimento à saúde?
Marquinhos: Medicamentos que são muito caros, com alto preço e alguns exames que não encontramos por aqui e temos que correr para São Paulo.
Fatos da Região: E o tempo de espera desses exames?
Marquinhos: Geralmente não demora, mas alguns levam meses para serem feitos.
Fatos da Região: Quanto tempo?
Marquinhos: De 4 a 5 meses.
Fatos da Região: Dê alguns exemplos.
Marquinhos: Tomografia, eletroneuromiografia, eletroencefalograma, mamografia. Biópsia é muito demorado.
Fatos da Região: Mamografia? Com tanta campanha de prevenção contra o câncer de mama?
Marquinho: Na propaganda é rápido, mas quando é fora dela é demorado.
Fatos da Região: Poá dispõe desses exames?
Marquinhos: Sim, mas para ser atendido pelo especialista temos que ir pra São Paulo e aguardar na fila pra ser chamado.
Fatos da Região: Um dos problemas que percebemos é a dificuldade que as pessoas doentes tem em se dirigir ao local adequado para atendimento médico. O que acha disso?
Marquinhos: Concordo. Muitas pessoas procuram o local mais próximo em busca de socorro médico, e se não for o mais indicado o doente é encaminhado para a unidade de saúde mais indicada.
Fatos da Região: As pessoas não estão bem informadas?
Marquinhos: Não estão. Elas precisam de mais orientação dos órgãos responsáveis pela saúde na cidade.
Fatos da Região: Como está hoje o atendimento público?
Marquinhos: Teve uma pequena melhora como atendimento feito por enfermeiros. São mais educados, mais compreensivos e ajudam nas orientações.
Fatos da Região: O que mais?
Marquinhos: Alguns exames não demoram tanto como há 5 anos atrás.
Fatos da Região: E os problemas mais graves?
Marquinhos: Dificuldades na marcação de especialistas, alguns exames, medicamentos caros ou em falta. Entendo que deveria ter mais especialistas nos Postos de Saúde como neurologista, cardiologista, urologista, dermatologista, vascular e outros.
Fatos da Região: Além de ser voluntário na saúde?
Marquinhos: Várias ligadas à assistência social.

Fatos da Região: Na Câmara Municipal, encontras
apoio?
Marquinhos: Alguns vereadores ajudam levando crianças e idosos para realizarem exames em São Paulo. Alguns medicamentos. Ajudam na marcação de consultas.
Fatos da Região: Você recebe algum valor para isso?
Marquinhos: Não, é um trabalhos voluntário

Fatos da Região: Porque faz isso?
Marquinhos: Eu gosto de fazer isso, ajudar as pessoas mais necessitadas e que não têm condições de buscar e conseguir o atendimento, exames, cesta-básica. Assim eu me sinto no dever de ajudar.


“Quero que a Saúde Pública dê mais atenção às pessoas necessitadas e que nas horas que elas mais precisarem que estejam de braços abertos para recebê-las”

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